SÃO PAULO - Com as preocupações envolvendo a economia dos Estados Unidos e os problemas do crédito subprime dando uma trégua, a moeda norte-americana registrou o segundo dia consecutivo de baixa, voltando a ser negociada no patamar de R$ 1,73.
O dólar comercial chegou ao final do pregão negociado a R$ 1,732 na compra e R$ 1,734 na venda, mostrando queda de 1,81%, a maior desvalorização diária desde o dia 18 de outubro. Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BMF), a divisa encerrou a R$ 1,733, desvalorização de 1,9%, com volume financeiro de US$ 829 milhões, alto em comparação com os outros dias. O giro interbancário somou US$ 4,3 bilhões.
De acordo com o diretor de Câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues, a moeda norte-americana ajusta o seu preço ao movimento de alta observado nos mercados acionários da Ásia, Europa e Estados Unidos. Segundo o diretor, os agentes reagiram positivamente aos indicadores da economia norte-americana, que apontaram inflação sob controle e uma demanda ainda saudável, com crescimento nas vendas no varejo. Rodrigues chama atenção para o bom movimento mesmo em véspera de feriado, o que normalmente deixa os investidores cautelosos dada à falta de capacidade de reação imediata a possíveis instabilidades externas.
Vale lembrar que na terça-feira haverá novo feriado nas principais cidades do Brasil e na quinta-feira da semana que vem, dia 22, os mercados norte-americanos é que não devem operar, por conta do dia de Ação de Graças.
O diretor pontua, no entanto, que esta melhora de humor é algo pontual e as negociações seguem com o horizonte de apenas um dia. O mercado está muito no imediato, mais à vista do que nunca, vai na onda do noticiário.
Na visão de Rodrigues, continuamos a viver a novela do crédito subprime nos Estados Unidos e alguns bancos ainda devem apresentar resultados negativos, o que pode assustar novamente os investidores. Ainda de acordo com o especialista, há uma grande preocupação com a possibilidade de que estes grandes investidores tenham que realizar lucros em mercados emergentes para cobrir seus prejuízos com outras aplicações.
Os operadores também estão atentos às notícias sobre um possível pacote cambial, medida que não foi nem desmentida nem confirmada pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. Tarcísio indica que a adoção de medidas restritivas ao fluxo de capitais, como impostos ou prazos mínimos, seriam bastante negativas para a imagem do Brasil como um todo.
(Eduardo Campos | Valor Online)
Postado por: Ludwans
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Um comentário:
POXA, se continuar desse jeito v6 vao ter q ajudar esta pobre menina rsrsrs. nao da! o dolar tem q se estabilizar, eu dependo dele!!!
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